Quando a paixão pela moda ultrapassa o simples vestuário e se converte num desejo de seguir essa profissão, uma das primeiras questões que se
colocam é como entrar num mercado laboral por demais competitivo e principalmente aonde se preparar. A pergunta não é fácil e a decisão muito menos.
Quando se trata de moda a opção de estudar e se lançar no mundo exterior nunca deve ser posta de lado, bem pelo contrário, deverá ser analisada até ao mais ínfimo detalhe. Pese o facto de existirem boas escolas de moda no nosso país, a verdade é que as melhores escolas se encontram no estrangeiro. Falamos de estilismo, desenho, comunicação de moda, jornalismo de moda e marketing. Não é tão-somente como saber desenhar.
A moda está indubitavelmente… na moda. Nunca antes profissões como estilista de moda estiveram na boca de todos. Nunca desde que alguém se lembre a moda esteve tão viva e próxima da rua com palavras como “streetstyle” que não existiam nem preocupavam o mais comum dos mortais. Jamais o estilo das celebridades foi tão escrutinado como hoje, e nomes como Wintour ou Roitfield permaneciam no completo anonimato com profissões que as suas próprias filhas entendiam (Documentário The September Issue).
Neste momento em que os jovens estão mais preocupados em estar não à frente de uma objectiva mas sim nos bastidores, a relevância deste assunto cresce inevitavelmente e com ele o como e onde se preparar.
Obviamente que estudar no estrangeiro tem um grande valor acrescentado. A primeira pergunta com a qual um aspirante a estilista se depara é: onde vou estudar, em Portugal ou fora? Sendo que a segunda é em que cidade.
Uma escola não é só um lugar de aprendizagem e experiencia, se a cidade onde se situar não acompanhar esses mesmos pontos. A moda é uma visão, criatividade, arte, cultura… E a moda são também contactos, práticas, semanas de moda e exposições.
Ora se estamos interessados em aprender e viver moda, que lugar melhor senão aquele onde se vive rodeado pela mesma 24 horas por dia? Este factor aliado às possibilidades económicas de cada um, deve ditar e responder à questão de onde e com quem melhor consigo alcançar os meus objectivos?
Um facto está no entanto bastante claro: para qualquer uma das escolas baixo mencionadas é necessário possuir-se talento, força de vontade, e acima de tudo saber até onde vão as possibilidades de cada um. É perfeitamente inútil alguém que, apesar de gostar de moda, não entenda o seu contexto na globalidade, e procure lá fora o que não consegue fazer cá dentro.
Fashion Institute of Technology- Nova York
Nomes como Carolina Herrera, Calvin Klein o Michael Kors estudaram aquí. O seu programa incluiu disciplinas desde desenho até marketing e é de carácter estatal com uma matrícula e propinas equiparadas às de outras universidades estatais. No entanto o seu processo de selecção é muito rigoroso e com um elevado nível de competitividade.
Localizada numa das melhores zonas de Manhattan, o seu aspecto mais destacável são sem duvida as relações que tem com os estilistas, revistas de moda ou ainda com o CFDA, o que asseguram práticas e contactos com empresas que movem o negócio da moda.
Parsons School - Nova York
Criada em 1896, encontram-se entre os seus mais destacados alunos Marc Jacobs e Tom Ford. A sua localização é igualmente estupenda e o seu enclave na moda continua a ser Nova York.
Com preços ligeiramente mais elevados do que a F.I.T, o seu nome, graças a uma estupenda política de marketing, é também conhecida fora das fronteiras norte-americanas. Tal como a F.I.T., muitos dos seus alunos têm aulas práticas no centro da cidade, motivo pelo que não é de admirar se o próprio Marc Jacobs assista ao desfile de um final de curso.
Instituto Marangoni - Milão
Das Américas para a Europa, para quem desejar aprender moda neste continente conta também com boas opções. Para os fiéis seguidores de Miuccia Prada, Dolce e ainda a fabulosa uma verdadeira cidade modelo, esta é a escola ideal.
Com cursos de verão, de graduação ou pós-graduação, foi fundada em 1935 e conta com filiais em Londres e Paris. Entre os seus estudantes destacamos Franco Moschino, Dolce & Gabbana e Alessandra Facchinetti. As disciplinas principais comportam desenho, estilismo, “brand management” e ainda desenho de interiores.
Central Saint Martins
Um departamento ‘University of Arts’, Londres. Entre os estilistas de maior renome aqui licenciados encontramos Stella McCartney, John Galliano, Zac Posen, Phoebe Philo o Alexander McQueen. Esta é muito provavelmente a escola que maior influencia tem a nivel mundial, os seus desfiles são os únicos que aparecem no fabuloso site de moda style.com.
A C.S.M. oferece aos seus alunos a possibilidade de frequentar cursos de pouca duração (um ano) com possibilidade de pós-graduação e doutoramento. Proporciona ainda cursos on-line.
Os requisitos de entrada para alunos internacionais são os de qualquer outra universidade europeia mas o seu processo de selecção é bastante selectivo, árduo e muito rigoroso. O preço médio anual ronda entre as 3.290 e 12.250 libras (cerca de 4.700 a 16.000 euros), dependendo se o aluno é inglês ou estrangeiro.
Royal Academy of Fine Arts - Antuéripa, Bélgica
Fundada em 1663, o seu número de estudantes é muito menor do que qualquer uma das escolas já mencionadas (cerca de 140 alunos), mas também os seus preços que rondam os 800 euros anuais para estudantes internacionais. Pese o facto de não ser tão ilustre como outras, nomes como Van Noten, Margiela ou Demeulemeester servem de referência para quem tem menos posses mas acredita no seu potencial.
Fonte: Marketing GrupoM8
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