As tendências de moda, hoje, estão chegando cada vez mais rápido por meio da internet e da facilidade de trocar informações. Seja das passarelas, das ruas, das revistas ou dos blogs e redes sociais, em meio aquela grande mistura de novidades, fica até complicado de decidir o que usar e o que não usar, o que combina ou não com a nossa personalidade e corpo.
Na entrevista abaixo a consultora Manu Carvalho dá uma introdução ao assunto e revela algumas dicas para encontrarmos o nosso estilo.
Qual a diferença entre moda e estilo?
Manu Carvalho: Estilo é quando você consegue externalizar quem você é. Então estilo é uma coisa que quando dá certo, é porque veio do seu jeito, da sua personalidade. E a moda, de comportamento ou de roupa mesmo, vai e vem. O estilo é quando você assinou quem você é e consegue traduzir isso. A moda é uma ferramenta para ele.
Como os estilos são classificados?
MC: Existem estudos que classificam os estilos em números, nomes e sobrenomes. Agora o que acontece é que, cada vez mais, as pessoas não se enxergam em um estilo só. Provavelmente o seu estilo para trabalho é um, para lazer é outro, para o fim de semana é um, para a praia é outro... Então dá para visualizar estilos assim: o clássico, o romântico, o rock, o hippie, o mais corporativo, o esportivo. Esses estilos ajudam a entender e pensar conforme o nosso momento pede.
Qual é a maneira mais simples de descobrir qual é o nosso?
MC: Na moda contemporânea muitas vezes juntamos vários estilos em um look só. Para encontrar o estilo que você gosta é no "vou ou não vou", "gosto ou não gosto". Para achar o seu estilo tem que ir provando e testando, e para identificar o que você gosta, tem que ir atrás de informação.
Como podemos inserir as novidades das passarelas dentro de cada estilo?
MC: Hoje a tendência não é tão importante, mas ao mesmo tempo ainda é um norte para todo mundo. Acho que a moda está mais livre e temos a liberdade de vestir a alma e a personalidade, não só o corpo. Simplificando, olhe as tendências e vá pensando no que você gosta ou não. Pensou? Experimenta. Provou? Deu certo? Uma sugestão que eu dou é ir na peça mais barata quando você não tem certeza, porque a tendência já vem com um prazo de validade.
Como os tipos físicos interferem na hora de montar um look?
MC: A moda é para todo mundo. Se ela deu durante anos a sensação de ser um clube fechado, ela não é mais. Todo mundo, com qualquer corpo, tem o direito de gostar de qualquer moda e usar. A nossa intenção, porém, é sempre ser mais alta e mais magra. Na moda de hoje, essa é a busca. Existe aquela história de que linha horizontal engorda e linha vertical emagrece. Essa regra vale para todas as linhas verticais e todas as linhas horizontais. A soma de linhas verticais vai dar a ideia de afinar, porque o movimento do olho alongará e afinará o que ele vê. As linhas verticais podem ser cabelo liso, brinco comprido, gola em v, colar comprido, calça com vinco, looks monocromáticos e sapatos da mesma cor que a calça. Já as horizontais são os brincos e golas arredondados, cabelos cacheados, ombros bufantes, ombreiras e contraste das cores.
Existe algum cuidado especial para tomar na hora de fazer compras?
MC: Primeiro, tem que experimentar. Não tem desculpa. Ao provar, tem que olhar de frente, de lado e de costas, porque o mundo vê a gente em 3D, e tem que dar um passinho porque a roupa só se completa quando você anda nela. Preste atenção nas linhas e se tem que fazer a barra ou ajustes, não compre em liquidação o que você não compraria com o preço cheio e compre sempre a melhor qualidade que seu bolso pode pagar. O barato só é barato se ele parecer caro.
Existe alguma combinação proibida?
MC: Isso ficou realmente no século passado. Existe um livro que se chama “Never Leave the House Naked” que acabei de comprar. Ele brinca com as regras que já existiram e hoje não fazem o menor sentido. Por exemplo, na moda clássica tinha isso, o casaco tinha que ser do tamanho do vestido. Hoje, as regras não existem mais.
Fonte: Marketing GrupoM8
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