Eles já foram símbolo de libertação e opressão – já foram amados, odiados e até queimados. Os sutiãs, hoje indispensáveis no armário feminino, têm muita história para contar, embora sejam mais jovens do que você pensa: em 2013 eles comemoram 100 anos desde sua criação oficial.
E já deu tempo de passar por poucas e boas:
Como tudo começou
Acredita-se que a primeira tentativa feminina de escapar dos efeitos da gravidade tenha acontecido na ilha grega de Creta, por volta do ano 2500 a.C. O acessório se parecia com um corpete feito com tiras de pano. Cerca de mil anos depois, ele passou a ser usado como uma peça que tinha apelo sensual pelas mulheres da civilização grega.
Os “anos de chumbo” para os seios aconteceram a partir da Idade Média, quando a tendência entre as mulheres eram os espartilhos, responsáveis por silhuetas magras e cinturinhas de pilão – e também por muitas mortes de donzelas asfixiadas ou que tiveram suas costelas quebradas pelo modelito.
Independência ou morte!
Do fim da Idade Média até o início do século XX, os espartilhos foram se tornando cada vez mais simples e menos justos, até virarem modelos parecidos com o sutiã de hoje. Acredita-se que as francesas foram as primeiras a criar um modelo mais moderno para a peça, mas quem levou a fama foi a socialite norte-americana Mary Phelps Jacob, que criou uma versão própria para o sutiã usando dois lenços, uma fita e um cordão, em 1913. Um ano mais tarde ela patenteou a peça.
No lugar certo, na hora certa
Às vésperas da Primeira Guerra Mundial, a peça fez sucesso: com os homens deixando as cidades para lutar nos campos de batalha, cada vez mais as mulheres precisavam de roupas práticas para assumir os postos de trabalho – foi ai que o espartilho dançou de vez e foi abolido dos guarda-roupas femininos por toda a eternidade.
Amigo do peito
De lá pra cá, o sutiã ganhou status de peça indispensável para as mulheres. Entre os anos 1930 e 1940, surgiram os primeiros modelos com bojos e enchimentos. Nos anos 1960 eles foram queimados em praça pública, como um símbolo da opressão que as mulheres sofriam – além disso, passaram boa parte da década seguinte esquecidos, enquanto o mundo vivia uma fase de liberação sexual.
Nos anos oitenta voltaram com força total – e pontudos – nos corpos de estrela como Madonna, que elevaram o sutiã de seu status de “roupas de baixo” para uma peça que poderia ser usada em público.
Fonte: Marketing GrupoM8