segunda-feira, 2 de janeiro de 2012

Moda brasileira vira modelo de criatividade


















A moda é um processo natural de economia criativa. Ela está em constante desenvolvimento e inovação. Mas esta visão não existia há cerca de 30 anos no país, quando não se pensava em moda, mas sim em roupas. Hoje, este conceito mudou e o Brasil já visualiza os resultados.

Exemplo disso é o modelo de gestão da São Paulo Fashion Week, principal evento de moda do país, considerado um dos cases mundiais de economia criativa desde 2004 pela Organização das Nações Unidas (ONU), com a campanha mundial "Oito Objetivos de Desenvolvimento do Milênio", conhecida no Brasil por "8 Jeitos de Mudar o Mundo".

Há 15 anos, ter introduzido a moda num país onde a carga tributária é uma das maiores do mundo e existem deficiências na infraestrutura, já foi inovar.

"O Brasil tem extrema vocação nessa área, pois é um país que usa invenções em meio às crises", diz Graça Cabral, diretora de parcerias estratégicas da empresa Luminosidade, criadora e organizadora do evento.

Segundo Cabral, que também é sócia da Hot Spot, incubadora de novos talentos de moda no país, o design de roupas é o intangível brasileiro e se enquadra no molde de economia criativa por se sustentar em quatro pilares: social, cultural, econômico e ambiental.

"A moda emprega muita gente, tem caráter de negócios e vive em constante inovação", afirma.

O design diferenciado brasileiro pode ser apontado pela grife Osklen, marca de roupas femininas e masculinas nascida no Rio de Janeiro em 1989.

No último desfile de 2011, na coleção Verão, a marca apresentou uma coleção inteira tingida artesanalmente com pigmentos naturais e algumas peças feitas com algodão orgânico, que não utiliza químicos em seu cultivo.

Graça Cabral afirma que a busca de tecnologias, tanto nos processos produtivos, como na utilização de matérias-primas sustentáveis vem se tornando uma realidade, mas ainda é necessária a quebra de alguns paradigmas.

"No Brasil, a grande questão de se consolidar a moda é ter a garantia de matéria-prima, mas o consumidor ainda é muito ligado ao preço".

Outro exemplo de inovação na moda foi feito pela estilista inglesa Stella McCartney, que lançou em outubro uma linha de óculos escuros feitos com materiais e processos completamente sustentáveis.

A criação de McCartney tem, ao todo, cinco modelos - dois feitos com metal e três feitos com acetato -, que utilizam fontes renováveis de energia e materiais 100% naturais.


Fonte: Marketing GrupoM8

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